sábado, 5 de dezembro de 2009

Governos tucanos de São Paulo quadruplicaram praças de pedágio e aumentaram tarifas em 174%

Dados espantosos da exploração em cima dos pedágios feita pelo governo do PSDB

- O número de praças de pedágio no estado de São Paulo foi quadruplicado nos últimos 12 anos. Eram 40, em 1997, e são 163 agora.
- As tarifas cobradas nas praças de pedágio subiram 174%, entre 1998 e 2009, embora a inflação acumulada no período tenha sido de 99%.
- No total, o lucro que as concessionárias acumularam, de 2003 até este ano, chegou a R$ 3,1 bilhões.
Esses dados constam de relatório que a bancada do PT na Assembleia paulista está preparando sobre os sucessivos governos tucanos no estado, comandados por Mário Covas, Geraldo Alckmin e, agora, José Serra.



quinta-feira, 26 de novembro de 2009


Edinho Silva convida para o lançamento da sua plataforma de comunicação digital.

Já inserido nas redes sociais e compreendendo a importância da internet na nossa sociedade, Edinho concluiu seu portal onde agrega as principais redes sociais, seu blog, notícias e muitas informações de Araraquara.

Faremos a apresentação das principais mídias digitais que estamos utilizando e, contaremos com uma palestra do senador Aloizio Mercadante sobre a utilização política das novas mídias e as mudanças que a nova legislação eleitoral traz para o uso da internet nas eleições de 2010.

A partir do dia 27, acesse nosso portal

www.edinhopt.com.br

Dia 27 de novembro, às 20h no Cenacon, salão de festas do hotel Shelton In, rua Miguel Cortez, 35 - Vila Sucomasa - Araraquara.

Juventude do PT convoca Encontro Nacional para 2010

25/11/2009 13:19 | JUVENTUDE DO PT



A Direção Nacional da JPT está convocando Encontro Nacional para fevereiro de 2010, com o objetivo de discutir nosso programa de governo e estratégia para as eleições. Em janeiro ocorre as Plenárias Estaduais que elegerão os delegados e delegadas que participarão da etapa nacional.



Confira a circular da Direção Nacional da JPT:

CIRCULAR SOBRE O ENCONTRO NACIONAL DA JPT

É sabido que a Juventude do PT vive um momento histórico do ponto de vista da sua mobilização e organização. A partir do nosso I Congresso, iniciamos a transição para um outro modelo organizacional, superando a velha forma setorial, e contemplando a diversidade da juventude brasileira em nossas ações. Isso significou, em um primeiro momento, um avanço na compreensão partidária sobre a importância do segmento juventude na construção do PT e do seu projeto. Esta compreensão vem sendo impulsionada pela dinâmica e ações que desenvolvemos como a Caravana Nacional da JPT e o cotidiano do funcionamento da JPT nacional, nos estados e municípios.

Entretanto, ainda precisamos avançar. A Juventude do PT precisa impulsionar a sua organização para responder aos desafios e as expectativas da juventude brasileira. Contribuindo, assim, para a superação dos graves problemas que atingem este segmento e para a continuidade e aprofundamento das transformações em curso no país, fruto do Governo Lula.

Para isso, o ano de 2010 será crucial. Está em jogo a continuidade do projeto democrático-popular e das mudanças em curso no país, que estão atingindo em cheio a juventude brasileira.

Por considerarmos a juventude um tema central do projeto de desenvolvimento que defendemos – e querer que o PT como um todo assuma essa compreensão -, precisamos assumir um papel protagonista nas próximas eleições. Isso significa dizer que devemos estar à frente da campanha Dilma, fazendo com que tenhamos o destaque necessário no cenário eleitoral e no programa de governo.

Para isso, a Direção Executiva Nacional da Juventude do PT, seguindo resolução do Conselho Político da JPT - aprovado pelo Diretório Nacional do partido -, convoca o Encontro Nacional da Juventude do PT.

Este será um grande processo de mobilização e elaboração política, envolvendo todas as instâncias e militantes da JPT, onde debateremos o papel dos jovens no desenvolvimento do país, definindo a nossa estratégia de organização e as diretrizes de programa de governo da JPT para a eleição a nível nacional e nos estados.

O Encontro Nacional da Juventude do PT será realizado nos dias 05, 06 e 07 de Fevereiro de 2010, acompanhando o processo do IV Congresso do PT, e servindo de preparação para a intervenção tanto na etapa nacional, quanto nos estados e municípios.

O processo do ENJPT consistirá em Plenárias Estaduais Preparatórias, que serão um momento de discussão da militância sobre a plataforma nacional. Após a etapa nacional, serão realizados os Encontros Estaduais da JPT, que terão o papel de organizar a intervenção da JPT nos estados, sendo o pontapé inicial para as campanhas estaduais. E, por último, serão realizados os Encontros Municipais, já com o caráter de campanha, instituindo os Comitês de juventude a nível municipal.

Por fim, o ENJPT convocará o II Congresso da Juventude do PT para 2011, seguindo a resolução do Conselho Político da JPT.

O regimento será encaminhado pela Direção Nacional da JPT.

O quê? Encontro Nacional da Juventude do PT

Local: Brasília/DF
Data: 05, 06 e 07 de Fevereiro de 2010.

Tem como objetivos:

- Debater desenvolvimento nacional e conjuntura e o papel da juventude.

- Definir a estratégia de campanha para as eleições 2010

- Definir as diretrizes de programa de governo

- Qualificar a intervenção da JPT no IV Congresso do PT

- Convocar o II Congresso Nacional da JPT para 2011

Do processo do encontro:

ETAPAS ESTADUAIS PREPARATÓRIAS

- O Encontro Nacional da JPT será antecedido de etapas preparatórias que consistirão em plenárias estaduais com diretrizes de programação

Período: de 08 a 24 de janeiro.

Estão aptos a participar das Plenárias Estaduais, todos os filiados aptos no PED 2009, com idade máxima de 29 anos. Estas plenárias têm como objetivo eleger a delegação dos estados ao ENJPT, e aprofundar a formulação e a estratégia de mobilização da JPT e da juventude brasileira nas eleições de 2010, lançando mão dos recursos das teses das forças, inclusive.

INSCRIÇÕES DE TESES

Prazo, formato, numero de páginas, temas, signatários: a ser definido pela direção nacional.

- O Encontro Nacional deflagrará grande processo de mobilização com Encontros Estaduais e Municipais, que terão o papel de impulsionar a mobilização da JPT para as eleições, aprofundar a discussão sobre as conjunturas nacional e estaduais, discutir as diretrizes de programa de governo e organizar localmente as campanhas.

- ENCONTROS ESTADUAIS:

Período: 06 de mar a 03 de abril

- Encontros Municipais.

Período: Abril e Maio.

Estes encontros devem seguir as linhas definidas pelo encontro nacional e dar vazão aos anseios da juventude local.
As etapas estaduais e municipais devem ter caráter de mobilização e preparação para a campanha eleitoral.
Importante: Os Encontros Municipais acontecerão muito próximo do clima de campanha. Estes devem ser o embrião de criação dos Comitês da campanha Dilma.
Da composição das delegações ao Encontro Nacional da JPT
O Encontro Nacional da JPT será composto por delegação eleita nas etapas preparatórias estaduais.
Cada estado terá direito a enviar 01 (um/a) delegado/a para cada 07 presentes na etapa preparatória.

Devem ser respeitadas a paridade de gênero e proporcionalidade étnico-racial, segundo resolução do I Congresso da JPT.


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CNT/Sensus: Governo Lula é melhor que o de FHC para 76% dos brasileiros

Pesquisa CNT/Sensus, divulgada nesta segunda feira (23), comprova que a grande maioria do povo brasileiro considera o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva muito melhor do que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Para 76%, os sete anos do governo Lula são melhores que os oito anos da era FHC, 10% acreditam que Fernando Henrique foi melhor e 11,1% afirmaram que os dois governos são iguais. A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 16 e 20 de novembro e entrevistou 2 mil pessoas. A margem de erro é de 3%.

A pesquisa traz também a avaliação do governo e do desempenho pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que aumentou de 76,8% para 78,9% desde a última sondagem, em setembro. O índice de aprovação do governo federal também aumentou: de 65,4% para 70%.

Os brasileiros entrevistados falaram sobre a expectativa para 2010 e a capacidade de transferência de votos de Lula e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para os candidatos à Presidência da República nas eleições de 2010. Na última pesquisa, 20,8% dos entrevistados disseram que votariam no candidato a presidente da República apoiado por Lula; 31,4% poderiam votar; 20,2% não votariam e 24,6% somente conhecendo o candidato para poder decidir.

Segundo o presidente da CNT, Clésio Andrade, a ministra Dilma Rousseff começa a estimular a guerra eleitoral, crescendo nas simulações e se favorecendo da avaliação negativa da imagem do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "O Serra cai em função do apoio do Fernando Henrique, que fala em nome dele, independente dele querer ou não. O apoio ostensivo de FHC é prejudicial", disse Andrade.

Nas simulações para as eleições de 2010, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), continua liderando as intenções de votos em todas as listas em que o nome dele é incluído, mas apresenta queda nos percentuais de primeiro e segundo turnos.

"Ao longo dos últimos 12 meses, Serra perdeu 15 pontos nas intenções de voto", disse Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus. Na primeira lista que inclui todos os prováveis candidatos à presidência da República, José Serra aparece com 31,8%, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), com 21,7%, o deputado federal Ciro Gomes (PSB) tem 17,5% das intenções de votos e a senadora Marina Silva (PV) apresenta 5,9%.

Brasileiro otimista

O índice de avaliação do cidadão, com relação a percepções sobre emprego, renda, saúde, educação e segurança pública nos últimos seis meses, melhorou, passando de 45,84 pontos em maio para 47,79 em setembro.

A pesquisa CNT/Sensus também mostrou que melhorou o índice de expectativa do cidadão, que inclui expectativas sobre emprego, renda, saúde, educação e segurança pública para os próximos seis meses. O indicador passou de 69,93 para 71,95 pontos.

Com agências

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Por que Luiz Inácio desagrada Caetano Veloso?

por Marta Peres, Professora da UFRJ*
Grande artista, não faz falta a Caetano Veloso um diploma de nível superior. Seus recentes comentários injuriosos a respeito do presidente com a maior aprovação da História do Brasil são
indiscutivelmente coerentes - com sua visão de mundo, com a visão da classe a que pertence, assim como dos meios de comunicação que as constroem incansavelmente, bloqueando qualquer ensaio de questionamento ao seu insistente pensamento único.
Ao se referir a Lula como ‘analfabeto’, o termo está sendo utilizado de forma equivocada, pois ‘analfabetismo’ significa ‘não saber ler nem escrever’. Imagino que ele esteja se remetendo, de maneira exagerada, ao fato de Lula não ter diploma de graduação, coisa que o compositor tampouco possui. Esse tipo de exigência não é nem mesmo cogitada ante outros artistas geniais como Milton, Chico, Cora Coralina... Gilberto Gil, ex-ministro do governo Lula, graduou-se, mas não em música... ‘Ah, mas eles são artistas...’. E não seria a Política uma arte? Um pouco de Platão e Aristóteles não faz mal a ninguém...
Quanto à suposta ‘cafonice’ de nosso presidente, situado na revista americana Newsweek em 18° lugar entre aspessoas mais poderosas do mundo, Pierre Bourdieu (1930-2002) nos traz uma contribuição preciosa. De origem campesina, como Lula, o sociólogo francês criou conceitos que desmoronam o velho chavão do ‘gosto não se discute’. Para Bourdieu, não só se deve discutir, como estudar, compreender, aquilo que se trata de, mais que uma questão de ‘classe’, uma questão de ‘classe social’. Além do enorme abismo do ponto de vista propriamente econômico, os ‘gostos diferenciadores’, referentes ao ‘estilo de vida’, consistem na maior marca de violência simbólica e num fundamental instrumento de legitimação da dominação das classes dominadas pelas dominantes. Não somente é desigual a distribuição de renda numa sociedade dividida em classes, mas também o acesso à educação formal e informal - o hábito de freqüentar museus
espetáculos de teatro, música, dança - à sofisticação do vocabulário, às regras de etiqueta, à constituição da apresentação pessoal, dos ‘modos’ e atitudes corporais. Obviamente, alcançar maior poder aquisitivo não possibilita a aquisição desse ‘capital cultural’ adquirido ao longo de toda uma vida no convívio com ‘outras pessoas elegantes’, ou seja, com a ‘elite’. Uma expressão precisa para designá-las, utilizada corriqueiramente na Zona Sul do Rio, é ‘gente bonita’ - como sinônimo de portadores de determinadas marcas de classe evidentes pelo vestuário, linguajar, cabelos, corpos, modos, atitudes. Bourdieu demonstrou os aspectos, às vezes despercebidos, da ‘construção social’ do gosto, seja o gosto de Caetano, das elites, dos que gostariam de ser elite, pretendendo se distinguir da massa supostamente ‘inculta’. Em outras palavras, as classes às quais pertencemos determinam, em grande parte, nossos critérios aparentemente inatos do que vem a ser elegância, numa relação de constante imitação, pelos ‘cafonas’, dos considerados detentores dos critérios de julgamento estético.
Lula não segue a corrente dos imitadores: mantém-se fiel à cafonice que o identifica com suas origens populares. Ah, como isso incomoda...
Embora seja assistido desde tempos imemoriais, lembrando que Norbert Elias estudou como a nobreza francesa era imitada por suas congêneres do resto da Europa no Ancien Régime, aqui, no Brasil, o fenômeno da distinção alcança as fronteiras do ‘nojo’, das reações fisiológicas
desagradáveis, diante de tudo que possa remeter a atributos das classes populares, tudo que venha do ‘povão’.
Não é à toa que o REUNI – Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais que tem como objetivo "criar condições para a ampliação do acesso e permanência na educação superior, no nível da graduação, pelo melhor aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos existentes nas Universidades Federais" – seja alvo de críticas ferrenhas, apesar de vir ao encontro de demandas por mais vagas já presentes nos protestos estudantis da França e do Brasil há quarenta anos, os quais, aqui, jamais sequer haviam sido objeto de atenção pelos governos. A demanda por cidadania e não por privilégios restritos é assunto que dá nojo, dá ‘gastura’, como se fala no interior do Brasil. Mas isso são outros quinhentos...
Embora o acesso universal à educação deva ser uma meta, podemos questionar – como muitos eminentes acadêmicos questionam – que a universidade seja a única fonte de conhecimento legítimo, sob o risco de repetirmos, em outros moldes, o papel de detentora do saber exercido pela Igreja Católica Medieval. O que seria de nós sem a contribuição inestimável de tantos notáveis que por ela não passaram? Pode-se argumentar, contudo, que o referido compositor não tem preconceito de classe ou contra a falta de diploma, pois pretende votar em Marina Silva que, como Caetano, não possui graduação, e que, como Lula, tem origem humilde. (O curioso é que, sendo a candidata à sucessão de Lula uma economista, dessa vez, a mesma é cobrada por não
possuir mestrado e acusada de ter lutado contra a ditadura militar: sempre inventarão motivos contrários a políticas públicas que ferem ideais de distinção de classe). Ao contrário do que parece, os atributos de Marina caem como uma luva para nossa conservadora classe média leitora do Globo e da Veja e que jamais se assumirá preconceituosa: portar a nobre e indignada bandeira da causa verde faz disparar sua pontuação no quesito ‘elegância’. Os que se preocupam ardentemente com a possibilidade de vida de seus netos e bisnetos são tocados em seu íntimo pelas questões ligadas à salvação das florestas.
Só que, mais uma vez, como a História sempre ajuda a enxergar, o buraco – na camada de ozônio – é mais embaixo: a destruição do planeta é a consequência inexorável de um sistema perverso que nele vem se instalando há alguns séculos. Ao longo de suas notáveis transformações, atingiu um ponto em que passou a se dar conta de seu próprio potencial de destruição e de identificar na preocupação com a natureza uma boa – e quem sabe, lucrativa - causa. Do ponto de vista das chamadas ‘Gerações’ de Direitos Humanos, ao longo dos desdobramentos do capitalismo, a causa ecológica nasceu como a terceira filha. Enquanto a primeira, a segunda e a terceira gerações são identificadas com os ideais da Revolução Francesa - Liberdade, Igualdade e Fraternidade - a quarta, mais recente, relaciona-se a questões da Bioética e aos movimentos de segmentos minoritários ou discriminados da sociedade. A liberdade refere-se aos direitos civis e políticos, chamados de ‘direitos negativos’, pois limitam o poder exorbitante do Estado, que deve deixar o indivíduo viver e atuar politicamente. A igualdade consiste na luta pelos direitos sociais, culturais, econômicos, e demandam uma atuação ‘positiva’ do Estado no sentido de realizar ações que proporcionem condições de acesso de todos os indivíduos à educação, saúde, moradia, assistência social, dignidade no trabalho. Finalmente, a
fraternidade esta ligada à ecologia, à preocupação com o destino da humanidade, irmanada por sua condição de habitante do planeta Terra. Como se situaria o Brasil nessa História? Não vivemos mais no tempo de Marx, das jornadas de trabalho de 18 horas que não poupavam mulheres e crianças caindo mortas de fome ao redor das grandes máquinas sujas das fábricas. Hoje, longos tentáculos buscam mão de obra barata como a planta se dirige à luz do sol e os dejetos – da poluição e os seres humanos excluídos da participação em suas benesses - são escondidos do campo de visão dos que têm ‘bom gosto’. Depois de destruir suas próprias florestas, os países ricos se preocupam e ditam regras da etiqueta politicamente correta aos pobres, abraçando a ‘causa ecológica’ com a mesma eloqüência que ontem defenderam que a ‘mão invisível do mercado’ traria a felicidade geral. Hoje, uma mão visível segura imponente a bandeira do orgulho verde. Porém, o corpo do qual faz parte constitui-se de fome, miséria, doença, condições abaixo de qualquer noção de dignidade da pessoa humana. A bandeira parece ser de um médico, mas o sujeito que a segura é um ‘elegante’ monstro. Chega a ser apelativo falar em salvar o planeta tirando de contexto uma causa que ninguém ousará contestar. Mas que tal pesquisar casos concretos de vínculos incontestáveis entre partidos verdes de diferentes países com os setores mais conservadores das respectivas sociedades? Visualizando a imagem do monstro, de braços dados com uma chiquérrima Brigitte Bardot salvando animais, faz todo sentido. A Bela e a Fera...
De modo algum defendo qualquer teleologia e que tenhamos que passar por fases que os outros já passaram. Nem que os sete anos de Governo Lula tenham se proposto a enfrentar bravamente, contra tudo e contra todos, o capitalismo que domina quase toda a superfície do planeta. Ninguém falou em Revolução, aliás, não era esse o combinado. Apenas assisto a um esforço hercúleo de instaurar políticas que ferem o coração desses mecanismos de violência, real e simbólica, que o julgamento do que é ou não cafona só vem a perpetuar, no sentido de minimizar o enorme fosso que separa os que têm e os que não têm acesso a conquistas históricas impreteríveis do Ocidente, independentemente de obediência a qualquer cronologia, identificadas com os direitos humanos: combate à fome à miséria, acesso universal à educação, à energia elétrica, diminuição da desigualdade ímpar que nos assola. Fraternidade, também quero, mas junto com a Liberdade, e principalmente, o que mais nos falta, Igualdade! Não igualdade no sentido anatômico, igualdade de condições, junto com a quarta geração.
Não indignar-se com a miséria, agarrar-se ferrenhamente a seus privilégios, assim como espernear diante de sinais de mudança, faz parte do aprendizado de cegueira, inércia e arrogância por que passam nossas elites com seu gosto sofisticado. Mas ao contrário de um
regime de concordância geral, o ideal de democracia é caracterizado justamente pela coexistência de opiniões diversas a respeito das políticas do governo. À insatisfação proveniente de certo campo ideológico correspondem, certamente, avanços jamais assistidos na História do Brasil. Com vínculos ideológicos resumidos na figura de ACM, nutridora de uma ordem social desigual desde 1500, existe uma indiscutivelmente sincera elite baiana à qual, desagradar, é sinal de que Lula está no caminho certo!

*Professora Adjunta do EEFD-UFRJ, Doutora em Sociologia (UnB) com Pós

Douturado em Antropologia.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Crise Mundial:a verdadeira cara do neoliberalismo hayekiano


O neoliberalismo hayekiano pressupõe o Estado como guardião da concorrência do setor privado, coletivizando os prejuízos de tais instituições e nunca os lucros
por ÁDIMA DOMINGUES DA ROSA


A abertura da economia ao capital internacional foi responsável pelo aumento do desemprego, quebra das indústrias nacionais, sem contar a privatização das empresas públicas

A quebradeira de grandes empresas que atuavam em âmbito internacional e principalmente as norte-americanas, como a GM e alguns bancos, mostrou ao mundo algumas facetas do sistema neoliberal, escancarando a todos como realmente se organiza o sistema de ampla concorrência capitalista e de como os gurus da administração gerem as grandes empresas mundiais. Primeiramente, podemos constatar que, como nos disse Friedrich August von Hayek, nos anos 1930, o Estado serve apenas para proteger o sistema de concorrências das grandes empresas.
"O funcionamento da concorrência não apenas requer a organização adequada de certas instituições como a moeda, os mercados e os canais de informação - algumas das quais nunca poderão ser convenientemente geridas pela iniciativa privada - mas depende, sobretudo, da existência de um sistema legal apropriado, estruturado de modo a manter a concorrência e a permitir que ela produza os resultados mais benéficos possíveis".
Assim, enquanto a empresa é lucrativa, ela não precisa do Estado, pois o que quer é apenas se livrar dele para que possa pagar menos impostos. No entanto, quando a grande empresa começa a dar prejuízos, todos pedem socorro ao Estado. Foi o que vimos fazer o presidente dos Estados Unidos com o sistema financeiro e as grandes empresas norte-americanas. "Centro da crise, os Estados Unidos foram o primeiro país a editar um grande pacote de resgate econômico. Em 1º de outubro de 2008, o Senado americano autorizou o Tesouro a gastar até US$ 700 bilhões para estabilizar o sistema financeiro.
Cerca de dez dias depois, o governo anunciou que mais de um terço do valor (US$ 250 bilhões) seria gasto no socorro às instituições financeiras. A aquisição de ações dessas companhias seria uma forma de compensar as perdas sofridas e de municiar os bancos de recursos que pudessem emprestar a empresas e pessoas. Em 24 de novembro, a mãozinha do governo alcançou o Citigroup, dono do Citibank, num plano de compra de ações avaliado em US$ 20 bilhões (que se somariam aos US$ 25 bilhões já concedidos pelo Tesouro ao grupo, quantia retirada do pacote de US$ 700 bilhões). Mas não foi com esse pacote que os EUA começaram a agir contra a crise.
Em setembro, o Federal Reserve (FED), o banco central americano, salvava a American International Group (AIG) com US$ 85 bilhões. Em troca, o FED anunciou que ficaria com 79,9% de participação na seguradora. Ao ver a confiança no mercado desmoronar, o banco também injetou US$ 70 bilhões no sistema bancário americano."
Os momentos de crise são imprescindíveis para repensarmos nosso sistema político e econômico
Esses momentos de crise são imprescindíveis para repensarmos nosso sistema político e econômico e, a partir daí, extrairmos conclusões para que possamos orientar nossas decisões futuras para o País. Como o único poder que possuímos é o voto, temos de refletir seriamente sobre os projetos de cada partido que está no poder, analisando cuidadosamente o que eles oferecem e ofereceram ao País.
Como bem vimos no governo do PSDB, mais especificamente no governo de Fernando Henrique Cardoso que dirigiu o País entre 1995 e 2002, seu projeto político e econômico foi de contenção de gastos, orientando os recursos ao pagamento de dívidas com os bancos internacionais. Ou seja, essa política cumpriu o papel de fomentar e incentivar o obscuro sistema financeiro, enquanto os investimentos internos ficaram "secundarizados" . Além disso, a abertura da economia ao capital internacional foi responsável pelo aumento do desemprego e quebra das indústrias nacionais. Ainda não devemos esquecer a principal linha política do PSDB, que é a privatização das empresas públicas.
Tanto é que, em seu governo, a detenção de monopólios de empresas por parte do Estado brasileiro era visto como uma "heresia", por isso privatizou inúmeras empresas, como a Vale do Rio Doce. Pelo menos para nós, brasileiros, a política econômica traçada pelos partidos está ficando mais clara: se existem empresas públicas, vamos conservá-las, pois, assim, poderemos dividir tais recursos com gastos voltados para a população. Muitas das nossas riquezas, muitas delas construídas com o esforço da coletividade, já foram transferidas para mãos de poucos.
O discurso de que a concorrência gera qualidade e o monopólio estatal ineficiência foi bastante fragilizado. Atualmente, as poucas empresas públicas brasileiras que sobreviveram à onda privatizante, como a Petrobras, têm obtido resultados positivos, financiando pesquisas e projetos sociais em todos os lugares do Brasil. Isto significa apenas que o projeto de desenvolvimento do País se realiza e concretiza com a manutenção de suas empresas nas mãos do Estado, coletivizando não só prejuízos, quando necessário, mas principalmente os lucros e benefícios
ÁDIMA DOMINGUES DA ROSA é mestre em Ciências Sociais pela Unesp. e-mail: adimarosa@yahoo. com.br

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Dilma sobe 4 pontos e Serra perde 4 em novo Vox Populi

Pesquisa Vox Populi, divulgada nesta terça-feira (10) pelo Jornal da Band, informa que a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, subiu 4 pontos percentuais em relação a pesquisa realizada em outubro pelo instituto, ao mesmo tempo em que o pré-candidato do PSDB, José Serra, caiu 4 pontos.
A margem de erro é de 2,4%. Dois mil eleitores foram ouvidos em 170 municípios de todos os Estados, menos Acre, Roraima e Rondônia.

Segundo o Jornal da Band, o índice de intenção de voto em Serra diminuiu de 40%, de outubro, para 36% na nova consulta feita de 31 de outubro a 6 de novembro. O índice de Dilma, no mesmo período, subiu de 15% para 19%.

O Jornal da Band informou também que Ciro Gomes obteve 13%, Heloísa Helena 6% e Marina Silva 3%.

Num segundo cenário, com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, como candidato tucano, Dilma aparece em primeiro lugar, com 20% dos votos. Nessa lista, a ministra está tecnicamente empatada com Ciro Gomes, que tem 19%, e Aécio, com 18%. Heloisa Helena aparece como 8% das intenções, e Marina com 4%.

A pesquisa também avalia o nível de rejeição dos pré-candidatos. Nesse quesito, Aécio é o que tem a menor rejeição, ou seja, apenas 5% dos eleitores disseram que não votariam de jeito nenhum no tucano. Ciro vem em segundo, com 8% de rejeição. Heloísa Helena foi citada por 10% dos entrevistados. Marina e Serra aparecem com 11%, praticamente emptados com Dilma Roussef, que tem 12%.

O instituto também testou o nível de decisão dos eleitores, sendo que 33% já decidiram em quem votar.

O Vox Populi mediu ainda o índice de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que subiu de 65% em outubro para 68% em novembro.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A JPT de Araraquara tem sua cara

Esse é o blog da Secretaria Municipal da Juventude do PT de Araraquara. Aqui serão divulgadas as lutas, sonhos e ações dos/as jovens petistas araraquarenses.

No PT de Araraquara a juventude ampliou seu espaço político e se constituí como uma das principais frentes de militância do Partido. Temos presença viva no PT, mas temos priorizado o diálogo e atuação com o conjunto dos/as jovens da cidade. Exemplo disso são dois movimentos de jovens que atuam em Araraquara que contam com a participação da JPT, desde a fundação.

Um coletivo se chama Pé Vermelho, construído por jovens do campo e da cidade que objetiva alimentar a luta pela Reforma Agrária o e resgate da cultura camponesa no Assentamento Bela Vista. Este coletivo já organizou diversas ações e tem aproveitado a cultura como principal instrumento de aproximação e transformação da comunidade.

O outro coletivo chamado movimento Za-há-wi é fundamentalmente formado por jovens da cidade e tem o objetivo de ampliar os espaços políticos da juventude e luta pela ampliação de direitos sociais. Organizar campanhas públicas, ocupar espaços de participação popular (COMJUVE, OP, entre outros) e trabalhar com formação política são ações permanentes deste movimento. Já organizamos distintas campanhas: contra a redução da idade penal; contra a alienação promovida pela televisão; contra o fechamento de bares e restaurantes mais cedo; a defesa do trabalho decente foram lutas encapadas pela nossa juventude.

Para a JPT de Araraquara, mais do que despender enorme tempo com a burocracia interna ou mesmo com disputas de tendências por mais espaços, devemos dialogar e organizar a massa de jovens que não se interessa pela política. Nesse sentido, temos que fazer um esforço permanente para que nossas lutas estejam conectadas com os anseios da maioria dos jovens, filhos da classe trabalhadores e habitantes das periferias (urbanas e rurais).

Acreditamos que é por meio da organização de movimentos sociais, núcleos nos bairros poderemos recuperar a identidade socialista do PT e construir ações efetivas para transformar a enorme desigualdade social que ainda afeta o país para a construção de uma sociedade libertária, humana e justa.
Vamos à luta!!!!

JPT prestigiando o presidente LULA.

Cuidado!

E ai Tucanos?

Chupa FHC: PIB é o melhor desde 1986

A equipe econômica do governo Lula está ansiosa para ver o comportamento da imprensa brasileira na divulgação dos dados econômicos depois de um ano do estouro da crise financeira. Quer saber se os jornalistas vão continuar comparando os futuros dados da economia em 2010 com os de 2009 ou vão ficar com os de 2008 quando o PIB crescia a 7% ao ano. Se for com o ano de 2009, os resultados vão ser um show em 2010.

A economia brasileira ficou maior, cresceu mais e teve produtividade acima da esperada.

Foi esse o quadro que o IBGE mostrou ao divulgar, ontem, as contas nacionais definitivas de 2007. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) em 2007, um ano antes de a crise financeira se instalar, foi de 6,1%, bem superior aos 5,7% calculados anteriormente.

Com a revisão, a taxa de crescimento de 2007, que tinha sido a maior desde 1994, ano do Plano Real, passou a ser a maior desde 1986, ano do Plano Cruzado, quando a economia brasileira crescera 7,5%. A revisão mudou também a expansão do PIB per capita que subiu de 4% para 4,9%: - A economia se mostrou mais produtiva também. A taxa de investimento (quanto do PIB é destinado para aumentar a capacidade produtiva do país) baixou de 17,8% na primeira divulgação para 17,4% agora. Ou seja, com menos investimento, crescemos mais - afirmou Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores.

Para ele, isso mostra que o país conseguiu produzir mais com menos investimento e a mesma mão de obra.

- Mostra que o crescimento sustentável pode ser maior do que imaginávamos. Interfere inclusive na política monetária.

Serviços subiram com real valorizado e mais empregos

A alta forte do setor de serviços em 2007 explicou a revisão feita pelo IBGE. Pelos dados preliminares divulgados no ano passado, os serviços haviam subido 5,4% em 2007. Com a revisão divulgada ontem, passaram a uma alta de 6,1%. Este setor, que já tinha o maior peso na economia, respondendo por 65,8% do PIB em 2006, viu sua parcela subir para 66,6% em 2007.

Segundo Cristiano Martins, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, a valorização cambial ajudou o setor de serviços. Por ser uma atividade que não tem bens comercializados internacionalmente, o setor de serviços não sentiu os efeitos da valorização de 10,5% do real no período. O dólar, que era cotado a R$ 2,18, passou para R$ 1,95.

Os serviços ganham.

Borges atribui esse aumento forte dos serviços à expansão da massa salarial, com aumento do emprego e da renda dos trabalhadores. Esse foi o motivo também para o aumento da participação dos salários na economia.

De 2006 para 2007, a parcela da remuneração dos empregados no PIB passou de 40,9% para 41,3%. Enquanto o excedente operacional bruto, um indicador do lucro das empresas, perdeu espaço, passando de 34,8% para 34,4%.

O IBGE também revisou o tamanho da economia brasileira que engordou em R$ 63 bilhões. Os números preliminares eram de R$ 2,598 trilhões, subindo para R$ 2,661 trilhões com a revisão.

O PT na TV.

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